Eu não posso saber qual o pecado
que, irrefletido, cometi; suponho
seja, talvez, porque te fosse dado
meu coração, – a essência do meu sonho..
Se amar é crime, eu vou ser condenado
e toda culpa, em tuas mãos, eu ponho.
– Quem já te pode ver sem ter amado?!…
Quanto é lindo o pecado a que me exponho!
Se tens alma e tens sangue, como eu tenho;
se acreditas em Deus, dizer-te venho,
– Que pecas, tens amor, és sonhadora…
Deus deu a todos coração igual.
Se eu amo, sofres desse mesmo mal.
– O teu pecado é o meu, – és pecadora!
(Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 22).
Prezado Cristiano, sinto-me honrada em ver publicada em seu blog, uma poesia do meu saudoso pai. E esta é uma poesia de sua fase juvenil como quase todas do livro Muitas Rosas Sobre o Chão, pelas quais tenho grande admiração e carinho. Receba um grande abraço e meus sinceros agradecimentos.
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Por acaso descobri essa publicação e fiquei bem honrada. Henrique de Holanda era meu avô. Que, infelizmente, não o conheci. Agradeço muito por fazê-lo vivo para mim.
Meu avô. Que orgulho!
Vê- lo ainda lembrado depois de tanto tempo que partiu dessa terra de meu Deus… é algo ímpar pra mim.
Agradeço demais por isso.