Momento Cultural: Atropelos do destino – por GUSTAVO FERRER CARNEIRO

Gustavo Ferrer Carneiro

Que beleza…

Não se apressa o rio

Ele flui com a correnteza

Mas sempre temos pressa

Nunca temos certeza

Sobre os atropelos do destino

 

O sentimento nos cega

E o medo é uma coisa concreta

Mas o amor não nega

A verdade que sentimos

 

Quando se bebe da fonte mágica

Pura cornucópia da felicidade

Mas a busca da plenitude

Para mim pode gerar

Uma puta ansiedade

 

Quando faltar, trará saudade

Mas não será por medo de chorar

Que deixaremos de sorrir

Não é por medo de progredir

Que deixaremos de crescer

 

Quem é certo, quem é errado

Como sabemos ou como saberemos

Quais os sinais do cotidiano?

Que irão nos esclarecer

 

Um texto lido

Uma poesia declamada

Flores da pessoa amada

São fatos corriqueiros e repetidos

Mas até quando?

 

Representações do sentimento

Que aumenta a cada momento

A espera de uma definição

São as coisas do coração

Que não se sabe explicar

 

Ouça seu eu interno

Ele bate forte na mesma tecla

Não importa se no inferno

Você jamais irá calá-lo.

 

(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 20 e 21).

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