Curiosidades Musicais: MAESTRO NUNES

Foto: Helder Tavares

Foto: Helder Tavares

Jose Nunes de Souza (Maestro Nunes), nasceu no dia 22 de julho de 1931 – Angélica, Distrito de Vicência – PE.

Na década de 1950 Nunes chega ao Recife. Aos 19 anos de idade, Maestro Nunes já tinha experiência musical, aos 9 anos de idade já tocava clarinete. Nunes estudou no Conservatório Pernambuco de Música. No final da década de 1950 Nunes se dedicou a sua formação em Teoria Musical, estudando Canto Gregoriano, Harmonia, Canto-Coral e Regência e foi neste período que o Maestro obteve o 1º lugar no Concurso da Banda Municipal do Recife tocando clarinete, onde se tornou membro fundador. Foi militante político do PCB e MCP.

No final dos anos 1960, Nunes se formou em Belas Artes pela Universidade Federal de Pernambuco. Em 1972 Maestro Nunes funda a Escola musical do frevo, no pátio Santa Cruz – Bairro da Boa Vista, que tinha como público-alvo os filhos dos presentes das agremiações carnavalesca e criança de comunidades carentes. Entre 1978 e 1979 gravou seu primeiro disco, em 1984, o Maestro cria a Banda de Frevo do Nordeste. Em seu grande repertório de Frevo, podemos destacar: É de Perder os Sapatos (1977), É de Rasgar a Camisa (1977), Mosquetão (1977), Bala Doída (1979), Cabelo de Fogo (1986), Bomba-Relógio (1981), Folhas não Caem (1978), Manda Chuva (1984) e tantas outras. Maestro Nunes teve seu valor reconhecido em vários festivais e concursos de música, como o de Lêda Carvalho, Frevança, Sistema Globo do Rádio e Recifrevo. Em 2007 ano do centenário do Frevo, Nunes foi homenageado no Carnaval do Recife. A sua Escola de Jovens formou e agregou músicos hoje reconhecidos como o saxofonista Spok e o Trompetista Forró, em 2009, Maestro Nunes recebe o título de Patrimônio vivo de Pernambuco.

A partir da década de 1980, Nunes começou a compor Frevo para o Carnaval de Vitória de Santo Antão – PE. O primeiro frevo foi Fubica (1980), Frevo dos motoristas (1981), Ford 28 (1983), Canhambeque (1990), Para-Brisa (1991), Regresso do Camelo (1986), Brincando com o Leão (1996), Exaltação a Renato Uchôa (1986), Leão de Raça (1990) e Camelo na Rua (1986), estes dois últimos de parceria com o comunicador do Frevo meu amigo Vitoriense Guilherme Pajé.

Hoje Maestro Nunes reside no Jardim Paulista – PE.

O frevo Cabelo de fogo, Nunes compôs e deu esse nome, pelo motivo de um dos seus músicos, que pintava o cabelo de vermelho. Sendo assim, quando o Maestro coloca a mão na cabeça a orquestra já sabe, Cabelo de Fogo. Então se você não puder falar com um Maestro e quiser ouvir este frevo é só olhar para ele e colocar a mão na cabeça.

CABELO DE FOGO

leo

 

Leo dos Monges

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