Momento Cultural: A Balsa – por Stephem Beltrão

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Lembro-me, pequeno passageiro,
a primeira travessia.
Na minha pequena cabeça,
O cabo de aço, a balsa
não suportaria.

Passei pelo antigo trapiche
da velha fábrica de gelo.
Meus desesperos se afastavam
do barco, junto com um banzeiro.

Prestava bem atenção
na espuma deixada pela chalana
amarrada atrás da balsa.
Girava como minha imaginação,
tal qual, o cabo na roldana.

A outra margem do rio
parecia o outro mundo.
Achava que nunca conseguiria
completar aquela
travessia.

Ao chegar, enfim, a margem,
um marinheiro a corda jogou,
amarrando a balsa ao cais,
dando fim à viagem.
E, como um sonho,
a travessia acabou!

Stephem Beltrão  

2 pensou em “Momento Cultural: A Balsa – por Stephem Beltrão

  1. Caro Pilako. Agradeço imensamente a postagem de nossa poesia – A Balsa.
    Quem nunca fez uma travessia de balsa ou em um pequeno barco, e não ficou admirando as espumas e o furor daquelas duas pequenas ondas que nascem do descolamento das hélices e se afastam da popa da embarcação até se arrebentarem nas margens do rio? Este momento nos leva a pensar em nossos problemas e em nossas vidas… Esta oportunidade pode tornar-se sublime e inesquecível.

    Obrigado pela publicação

  2. Pingback: Poeta Stephem Beltrão agradece publicação | Blog do Pilako

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