Sento à mesa para escrever um verso
que possa traduzir esta emoção
que vibra e me angustia o coração
e diga o que és para mim, no universo!
Pego da pena e me sinto confuso… Penso.
A inspiração me foge… A insônia me domina,
me levanto. Passeio. Tudo me abomina,
e de tanto esforço, desalentado, canso.
Meu Deus! Será possível que isto me aconteça,
e que dentro da noite espere que amanheça
para escrever o meu primeiro verso?
…..
Amanhece… Como o meu destino é perverso!
Sinto calafrios e a febre me consome.
Deliro. E só consigo escrever teu nome!
Júlio Augusto de Siqueira, vitoriense, nascido a 19 de março de 1920. Filho de Elvira e Joaquim Augusto de Siqueira. Estudou no “Colégio Santo Antão” e na “Academia de Comércio da Vitória”, não concluindo, porém, o curso comercial. Desde cedo começou a escrever na imprensa local, e posteriormente, na do Recife O DIA, JORNAL PEQUENO e, acidentalmente, no DIÁRIO DE PERNAMBUCO. Vérseja acidentalmente. Jornalista e orador.