Terceira via

Eleições chegando, movimentações políticas, o milagre da democracia acontecendo, o povo sendo ouvido, o povo sendo atendido. Mudança! Soluções! Atitudes! Mas como podemos entender melhor o cenário atual? Podemos usar a analogia?

A analogia move o mundo e isso não é exagero de minha parte, se não fosse isso, se quer uma parábola seria escrita na Bíblia e sendo assim o Cristianismo teria esse fácil entendimento e essa quantidade de adeptos?

Parábolas nada mais são que analogias, bem escritas e colocadas para explicar situações as quais sem elas o entendimento do real sentido daquela escrita seria ainda mais complicada.

Sim eu sei. Não se mistura política e religião, mas a religião aqui só serviu como plano de fundo para nos ajudar a entender o que é a danada da analogia. E assim como na religião, a política tem suas interpretações e intempéries que complicam a compreensão final do assunto, se é que existe uma compreensão final para estes dois temas, política e religião.

Deixando a religião de lado. Porque não usar dessa mesma “tática” para se explicar a política, e porque não a política vitoriense? Analogias serve para aquelas pessoas que se dizem odiar determinado assunto, não querer se meter, não querer entender. O desconhecido assusta, eu sei.

Só pra começar imaginemos que o título de eleitor funciona como uma arma. Normalmente, o tiro sai pela culatra, tem gente que até prefere atirar contra si próprio, mas é aquele tiro não letal, que causa uma ferida que só se cura com 4 anos. Observando o cenário vitoriense e saindo dessa temática mais pesada, podemos imaginar também dois times de futebol, estes dois times jogam um campeonato imaginário onde qualquer novo time que chegue tem de ser engolido, pra nem se quer poder entrar em campo. E nessa analogia, quem sofre mais é a bola, seja pela falta de habilidade dos jogadores, ou pelo simples fato de que os jogadores não fazem a mínima ideia de como se joga o jogo.

Continuando as analogias, existem pessoas que de 4 em 4 anos, se vestem de super heróis, salvadores da “pátria”, normalmente usando slogans clichês – Hora de mudar – A Voz do povo – Esse é da Gente! Estes novos super-heróis surgem como velhas novidades que nada mais são do que a continuidade do pensamento retrógrado da velha política. Às vezes estes super-heróis conseguem uma boa base de aliados, informantes, munidos das “melhores intenções” vão para as ruas, salvar o povo dos vilões que maltratam o povo. Por trás os super-heróis estão jogando aquele mesmo jogo citado na analogia anterior: loucos para vestir uma das camisas, ficar de um dos lados, nada definitivo, pois houve e sempre haverá aquela velha troca de camisas. Porém o único objetivo dos novos super-heróis é buscar seus lugares em um dos times, isso é o mais importante.

O mais importante de toda essa analogia é analisar bem o que é a terceira via, o terceiro time. Lembrando que não estamos falando de nomes, cores ou bandeiras. Estamos falando de ideias. A terceira via não se personifica em uma figura central, a terceira via não vai ser o salvador que irá modificar todo o “esquemão” politico que está agarrado as raízes políticas da cidade. A terceira via precisa ser a ideia do diferente, do não praticado, do “diferentão”. Não são pessoas, são pensamentos, não são votos, são atitudes, não são partidos, são IDEAIS. Não ideais rasos, elaborados como planos de campanha para se ganhar uma eleição, são ideiais que são carregados desde o momento em que se aperta a tecla CONFIRMA na urna eletrônica, até o momento que precisa se esperar 30 segundos até o sinal abrir. Princípios políticos e de cidadania.

Para finalizar este raso texto, deste raso escritor, aconselho a todos que façam uma analogia de suas próprias vidas e se imaginem como juízes de um jogo, onde só joga quem você quiser, isso é importante de se dizer pois se imagina ao contrário, sempre nos foi ensinado que devemos escolher nossa bandeira, ela já está ali pronta e eu escolho seguir ou não. Mas, neste exercício se imagine como construtor de uma nova bandeira, ninguém a costurou, ninguém decidiu por você onde serão as dobras e as costuras, ninguém se quer decidiu a cor daquela bandeira, você decidirá como vai ser a bandeira, como aquele jogo será jogado e quando não estiver satisfeito, quem será substituído, afinal, temos o direito de errar, porém como já dizia minha vó, continuar no erro…

aposente4

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