Educação… sem limites

Uma das coisas mais complexa na vida é a educação de uma criança, pois demanda da atenção do responsável por um tempo considerável, não estarei comentando aqui sobre a educação como um todo, afinal recebemos educação até os últimos dias de nossas vidas, vou expor apenas alguns comentários sobre as questões relacionadas é educação infantil.

Diversos elementos apontam para a falta de limites na educação contemporânea das nossas crianças dentre estes destaco os valores éticos e morais que estão sumindo de nosso contexto social e familiar. Outro ponto que precisa ser pensado e vem acontecendo com frequência é a ausência dos pais na vida da criança, por razões como, carga horária dedicada ao trabalho, por vezes seus filhos passando horas em creches, babas e avós.

Por estas razões alguns pais vivem com sentimentos de culpa muitas vezes adotando um comportamento vazio em relação é educação e afeto, visando compensar esta falta adotando atitudes comportamentais sem limites e abrindo espaço para as crianças fazer e dizer o que quiser, quase sempre sem serem questionadas.

Afinal constituem um pensamento justificável para o ponto de vista do educador visto como: “Quase não participo da vida deles e ficar impondo atrapalha ainda mais minha relação com meus filhos”. Mas é visível que estas atitudes são apenas para justificar a falta, mas o que se precisa mesmo é realmente adotar novos hábitos na educação familiar e deixar de pensar exageradamente que tudo pode causar traumas quando precisamos mesmo é estabelecer limites, usando o bom senso e boas regras, tropeços podem ocorrer pelo caminho, mas persistir nos valores éticos e na boa convivência é o mí­nimo e o ideal numa educação infantil.

Até a próxima sexta-feira.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

5 pensou em “Educação… sem limites

  1. Atualmente, encontrar uma boa escola é tarefa difícil para os bons pais. Preocupações como o ambiente que seu filho frequentará, suas possíveis amizades e o conteúdo do ensino são questões que eles sempre se põem. No entanto, dificilmente encontram repostas satisfatórias, pois o estado moderno reserva a si mesmo o direito de doutrinar seus filhos, impondo um conteúdo de ensino sem o aval dos maiores interessados na educação da criança: os próprios pais.
    Recentemente foi publicado diversas notícias que falam dessa triste realidade. Livros como o de Marcos Ribeiro, “que ensinam a promiscuidade sexual para crianças” e que “estão sendo adotados pelas escolas sem que os pais tenham sequer conhecimento” (1), foi tema de grande discussão, pois o conteúdo dessa cartilha imoral provocou uma sadia reatividade nos leitores. Além disso, estamos diante de uma tentativa de impor um “kit homossexual” às crianças, a partir de 7 anos!
    Mas como o ensino chegou a tal decadência? Por que o tutor moderno da educação – o Estado, que teoricamente deveria zelar pelo bem comum da sociedade – busca destruir a inocência de seus indivíduos mais jovens? Haverá um meio razoável de solucionar esse problema que faz com que muitos brasileiros se sintam culpados por não poder dar a seus filhos uma formação adequada, segundo seu nível social? São perguntas que devem ser tratadas com o maior cuidado.
    Inicialmente, pesquisando em um artigo do professor Plinio Corrêa de Oliveira, “descobri” que a Igreja Católica moldou a sociedade medieval e deu um contributo intelectual aos homens cujo proveito até hoje os beneficia:
    “Foi a Igreja que combateu o analfabetismo medieval. Os clérigos, por toda parte, semearam as escolas monásticas, onde eram instruídos clérigos e leigos. Por outro lado, as universidades que se fundaram, e que chegaram a reunir milhares de alunos, tiveram quase sempre por origem trabalhos da Igreja e seus professores, na grande maioria eclesiásticos. Os conventos foram centros de cultura, onde se estudava profundamente, estando aí guardadas, sendo consultadas e comentadas, as relíquias intelectuais. Foi neles também que se desenvolveram grandes vultos. Nem se diga que a Idade Média não teve sábios e pensadores notáveis. Ela os teve, e na sua maioria foram clérigos, bastando citar São Tomás de Aquino e São Francisco de Assis”.
    Essa “descoberta” que me deixou perplexo, pois, pelo o que me lembro, sempre ouvi dos meus professores do ensino médio que a Idade Média foi um período de “trevas”.
    Alguns anos depois da proclamação da primeira república francesa, Napoleão, espalhando os erros da Revolução Francesa por toda a Europa – e conseqüentemente em suas colônias -, além de não devolver os estabelecimentos de ensino à Igreja, criou um monopólio estatal para o ensino superior e uniformizou a educação pública, colocando-a sob o controle da Universidade Imperial por ele fundada.
    Três décadas mais tarde, sob o regime da monárquia liberal de rei Luiz Filipe (1830-1848), houve certa liberalização do ensino com a Lei Guizot que permitiu a abertura de escolas privadas, principalmente católicas, mas deixou ainda sob a tutela da Universidade o ensino secundário e o superior.
    Em importante artigo para a revista Catolicismo, José Antônio Ureta escreveu:
    “Durante a breve II República (1848-1851) foi aprovada uma Constituição que, embora proclamando “o ensino é livre”, acrescentava que essa liberdade se exercia sob o controle do Estado, não admitindo exceções. O que induziu o deputado católico conde de Montalembert a descrever esse monopólio da universidade pública como um “comunismo intelectual”.
    Na prática, porém, a Lei Falloux –– assim denominada de acordo com o nome do ministro monarquista católico que a inspirou –– estabeleceu, a partir do chamado Segundo Império (1851-1870), um modus vivendi entre a escola católica livre e a escola pública, dividindo o ensino primário e secundário entre elas, mas colocando-o sob o controle do Conselho Superior da Instrução Pública, do qual participavam quatro bispos católicos. Tal situação de boa vizinhança perdurou durante todo o período de governo do imperador Napoleão III.
    Porém, com a queda do II Império e o advento da III República, correntes políticas anticatólicas tomaram as rédeas do governo francês e puseram em prática uma política educacional marcadamente anticlerical. Jules Ferry, um dos políticos mais influentes do regime, várias vezes ministro da Instrução Pública e até presidente do Conselho de Ministros (em 1880), promoveu reformas drásticas para afastar o mais possível a Igreja da educação. Além de instituir o ensino primário obrigatório, eliminou a Religião das escolas impondo a estrita laicidade do ensino, e retirou aos membros das congregações religiosas a licença de ensinar. Ao mesmo tempo, Ferry estendeu até o secundário o ensino público laico e gratuito para as moças.
    O objetivo era formar jovens segundo os princípios revolucionários, seguindo o lema de Jean Macé, condiscípulo de Ferry e fundador da Liga do Ensino: “Aquele que tem as escolas da França, tem a França”.
    Porém, visando obter o prestígio necessário para atingir esse resultado, a escola pública rivalizava com a escola privada na qualidade da educação oferecida, procurando realizar a utopia de Jules Ferry de “que os camponeses possam recitar Virgílio enquanto sulcam a terra com o arado”.
    José Antônio Ureta ressalta em seu artigo:
    “Igualmente, em matéria de formação moral dos alunos, os professores laicos rivalizavam com o vigário no intento de educar cidadãos honrados e trabalhadores. Pode-se afirmar que tal ensino público de qualidade, e seguindo padrões tradicionais de moral, perdurou na França até a Segunda Guerra Mundial.”
    Mas, depois disso, “…a instrução pública foi dominada por militantes de esquerda (comunistas e socialistas), tanto pelo imenso poder que exerceram a partir de então nos poderosos sindicatos de professores, quanto por terem infiltrado seus elementos em toda a estrutura administrativa do Ministério da Educação.
    Propaganda do Nacional Socialismo alemão para doutrinar jovens segundo o pensamento de Adolf Hitler
    Notadamente durante a década de 1960-1970, esses detentores das rédeas da educação pública passaram a ter um segundo objetivo revolucionário: promover a igualdade social.
    Para atingir seus objetivos revolucionários de eliminar gradualmente as classes sociais, os ideólogos socialistas – especialmente os seguidores de Pierre Boudieu que afirmava ser a escola uma máquina de reprodução das elites – propuseram programas educativos tendentes a fornecer, a todos os alunos, “igualdade de oportunidades” na educação. Isto compensaria, segundo eles, a desvantagem inicial de instrução de que padecem as crianças provenientes de famílias de condição modesta.
    Com a vitória do candidato socialista François Mitterrand, em 1981, houve uma tentativa de nacionalizar o ensino privado. Contudo, o projeto fracassou devido à oposição dos pais de família, que realizaram marcha com mais de 1 milhão de participantes, acarretando o abandono da reforma e a queda do ministro de Educação, Savary.

  2. Após esse resumo que descreve a história da educação francesa conforme seus acontecimentos políticos, nota-se que a atual educação brasileira é muito parecida com a francesa de 1981. Só que na nossa existe algo ainda pior: além de não falarem mais de moral, honra ou bons costumes, ela incentiva, diretamente ou não, a imoralidade, a desonra e os maus costumes.
    Essa inversão de valores, se não fizermos nada contra, formará um sociedade completamente vulgar, igualitária e longe dos ensinamentos cristãos. Face a esse problema, o que fazer?
    Encontro três sugestões para esse problema:
    1º) Nada mais lógico do que moralizar, conforme à Lei de Deus, o ambiente e os temas de estudo.
    2º) Favorecer um respeito hierárquico dos alunos para com os professores (infelizmente, nessa matéria, o difícil é convencer os próprios professores).
    3º) Mobilizar o maior número de pais dispostos a combater o ensino marxista que deforma nossa História e as consciências de nossas crianças.
    4º) Permitir outras formas de ensino. Por exemplo, o homeschooling.
    E o leitor? Propõe algo mais?

  3. Querido Cristiano Pilko entendo haver uma certa idiossincrasia no tema, pois a idéia de que a educação é um direito é uma das mais esquisitas que já passaram pela mente humana. É só a repetição obsessiva que lhe dá alguma credibilidade. Que é um direito, afinal? É uma obrigação que alguém tem para com você. Amputado da obrigação que impõe a um terceiro, o direito não tem substância nenhuma. É como dizer que as crianças têm direito à alimentação sem que ninguém tenha a obrigação de alimentá-las. A palavra “direito” é apenas um modo eufemístico de designar a obrigação dos outros.
    Os outros, no caso, são as pessoas e instituições nominalmente incumbidas de “dar” educação aos brasileiros: professores, pedagogos, ministros, intelectuais e uma multidão de burocratas. Quando essas criaturas dizem que você tem direito à educação, estão apenas enunciando uma obrigação que incumbe a elas próprias. Por que, então, fazem disso uma campanha publicitária? Por que publicam anúncios que logicamente só devem ser lidos por elas mesmas? Será que até para se convencer das suas próprias obrigações elas têm de gastar dinheiro do governo? Ou são tão preguiçosas que precisam incitar a população para que as pressione a cumprir seu dever? Cada tostão gasto em campanhas desse tipo é um absurdo e um crime.
    Mais ainda, a experiência universal dos educadores genuínos prova que o sujeito ativo do processo educacional é o estudante, não o professor, o diretor da escola ou toda a burocracia estatal reunida. Ninguém pode “dar” educação a ninguém. Educação é uma conquista pessoal, e só se obtém quando o impulso para ela é sincero, vem do fundo da alma e não de uma obrigação imposta de fora. Ninguém se educa contra a sua própria vontade, no mínimo porque estudar requer concentração, e pressão de fora é o contrário da concentração. O máximo que um estudante pode receber de fora são os meios e a oportunidade de educar-se. Mas isso não servirá para nada se ele não estiver motivado a buscar conhecimento. Gritar no ouvido dele que a educação é um direito seu só o impele a cobrar tudo dos outros – do Estado, da sociedade – e nada de si mesmo.
    Se há uma coisa óbvia na cultura brasileira, é o desprezo pelo conhecimento e a concomitante veneração pelos títulos e diplomas que dão acesso aos bons empregos. Isso é uma constante que vem do tempo do Império e já foi abundantemente documentada na nossa literatura. Nessas condições, campanhas publicitárias que enfatizem a educação como um direito a ser cobrado e não como uma obrigação a ser cumprida pelo próprio destinatário da campanha têm um efeito corruptor quase tão grave quanto o do tráfico de drogas. Elas incitam as pessoas a esperar que o governo lhes dê a ferramenta mágica para subir na vida sem que isto implique, da parte delas, nenhum amor aos estudos, e sim apenas o desejo do diploma..

  4. Falando sobre isso, nossa como é dificil educar principalmente nos dias de hoje, no meu ponto de vista parece que as crianças de hoje estão mais precoce, ficando difícil tomar uma postura com uma criança de por exemplo 4 anos, perecendo ter 6, 7 anos. mas não vamos desistir.

  5. Vanessa,

    realmente diversos fatores coloca esta geração em espaços mais acelerados no desenvolvimento infantil, onde estamos agora é um deles a internet, mas como você mesmo coloca: Não vamos desistir.

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