Crescimento DesOrdenado

Quem passa pela BR 232, no trecho que corta a cidade de Vitória de Santo Antão já tem a impressão que o município daqui a alguns anos próximos, deterá grande vocação para tornar-se uma cidade estritamente industrial. Porém, sem um planejamento público ordenado e sério, a cidade estará inerte à grandes prejuízos, resultado, claro, de vários desgovernos e de ações apenas pontuais de estruturamento urbano.

Governos passam e promessas antigas ficam, como: a ordenação do mercado público e de farinha, expansão da Avenida Mariana Amália até a nova BR, limpeza do rio Tapacurá e prevenção contra enchentes… ou pior, ficam promessas onde o dinheiro público fora utilizado desordenadamente e a obra nunca foi utilizada, a exemplo do enorme galpão à margem da BR, onde era pra ter sido inaugurada a Sulanca da Vitória!?? ou o Engenho Beto Velho que foi desapropriado para destinação turística.

Percebemos um inconformismo nas esquinas, onde populares reclamam que praças e outros cartões postais não estão sendo bem cuidados, e o é verdade, não se fala só da Praça da Matriz onde a obra não anda… e árvores são derrubadas na calada da noite, mais também da praça do Anjo, do Jacaré, do Fórum, Duque de Caxias, Bela Vista, Leão Coroado, o reservatório,  e o próprio Monte das Tabocas onde prometeu-se tantas melhorias… Na verdade, são poucos os equipamentos públicos humanizados, que possuam: bancos, lixeiras, jardinagem e principalmente uma iluminação eficiente, onde crianças, jovens e idosos possam disfrutar momentos de descontração nos finais de semana.

Também percebemos, que em boa parte da cidade não se pode caminhar nas calçadas, pois os muros e as próprias casas invadiram parte delas, por talvez, vista grossa da fiscalização de vários governos anteriores, quando não, postes, placas, árvores e buracos impedem o trajeto do pedestre, os jogando às ruas para dividir espaço com veículos. Num País onde se pensa em Acessibilidade, Meio Ambiente, Segurança Pública, Eficiência Urbana… Vitória parece realmente estar a deriva de grandes obras estruturadoras que realmente demarquem a cara de Governos.  A impressão é que estamos em alto mar numa embarcação onde todos gritam pelo comandante. A pergunta é: ele dormiu ou sumiu?


Helder Sóstenes
Diretor da unidade PETCURSOS em Vitória.

 

* Artigo enviado para Redação do Blog do Pilako.