Cine Tabocas – Mostra de Cinema da Vitória de Santo Antão.

Cine Tabocas – Mostra de Cinema da Vitória de Santo Antão ocorrerá entre os dias 20 e 23 de abril, às 20h, na Praça da Bela Vista. Esta primeira edição vai exibir 16 obras de audiovisual em vários formatos e gêneros – documentários, animação, curta, média, longa, etc. – desde que tenham mulheres como diretoras e/ou roteiristas. Sobre isso, Débora Bittencourt, a curadora do projeto, diz que “nessa primeira edição do Cine Tabocas, queremos relembrar dos espaços ainda pouco ocupados e visibilizados por nossas artistas, amigas, irmãs e companheiras. Espaços físicos e também simbólicos. De protagonismo político, profissional, cultural e artístico”.

O Cine Tabocas é o produto do projeto Mosaico Audiovisual e tem Edson Ribeiro como Produtor Executivo. A Casa Mosaico surgiu em 2013 como um espaço alternativo, plural, voltado para difundir a produção artística de Vitória de Santo Antão e região. Este ano, comemorando 10 anos de atuação, a Casa Mosaico vai realizar a primeira edição do Cine Tabocas, com incentivo do Funcultura/Fundarpe – Governo do Estado de Pernambuco e apoio da Prefeitura da Vitória de Santo Antão/SECULTE.

Veja, abaixo, as produções audiovisuais selecionadas:

Mainha, de Sammia Gonçalves. Vitória de Santo Antão.

Lilith, de Nayane Nayse. Afogados da Ingazeira.

Ingá, de Monique Xavier. Belo Jardim.

Contos de amor e crime, de Natali Assunção. Recife.

DescolonizAR-TE, de Gabriela Passos. Recife/Olinda/Pesqueira.

Ágora, de Rute Silva e Eduardo Monteiro. Recife.

Drag é poder, de João Rocha. Caruaru.

Transnordestina, de Rafael Costa. Salgueiro.

Devir Animal, de Andréa Veruska. Olinda.

Corpo Onírico, de Marina Mahmood. Recife.

Luzes piscantes na noite, barulho urrante de dia, de direção coletiva. Vitória de Santo Antão.

Permanece, de Letícia Bombonati.
Vitória de Santo Antão.

O Movimento dos pássaros, de Bako Machado. Arcoverde.

Quebra Panela, de Rafael Anaroli. Condado.

A última feira, de Tharciele Santiago. Recife.

Ameaças climáticas no Recife: desafios para áreas centrais e periféricas da Capital Pernambucana, de Íris Samandhi. Recife.

Além da exibição de filmes, terão outras apresentações artísticas, como Sumaya Bittencourt na música; recital de poesia Sendo Maria; bate papo Mulheres no Cinema; Performance com Kel Soares. A programação é totalmente gratuita!

Equipe Técnica do projeto Mosaico Audiovisual:

Pablo Dantas – Coordenação Geral.

Edson Ribeiro – Produção Executiva.

Débora Bittencourt – Curadoria.

Gustavo Free – Designer.

SERVIÇO:

Cine Tabocas – Mostra de Cinema da Vitória de Santo Antão.

De 20 a 23 de abril de 2023.

Horário: 20h (todos os dias).

Local: Praça da Bela Vista.

Jucival Amorim: a história continua – parte 03

Hoje postamos o vídeo parte 03,  realçando um pouco da história de vida do atleta homenageado da 2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória, Jucival Amorim. “Val”, como muitos carinhosamente lhe tratam, é uma das pessoas mais importante da nossa cidade no contexto da modalidade esportiva “corrida de rua”.

Vídeo parte 03.

VÍDEO PARTE 01

VÍDEO PARTE 02

 

Zuzu Angel – por @historia_em_retalhos.

Esta é Zuleika Angel Jones, estilista brasileira que ganhou fama internacional por sua costura, ficando conhecida como Zuzu Angel.

No ano de 1971, o Brasil vivia o ciclo chamado “Anos de Chumbo” e a vida de Zuzu sofreu uma reviravolta.

O seu filho Stuart foi sequestrado e nunca mais visto.

Zuzu recebeu o relato de pessoas que viram a prisão, tortura e morte de Stuart e passou a denunciar no exterior as circunstâncias do assassinato de seu filho.

Usou da projeção alcançada por seus desfiles para fazer com que as denúncias chegassem à imprensa estrangeira, contribuindo para o desgaste da ditadura brasileira.

A partir de 1975, começou a ser mais monitorada e a receber ameaças de morte.

Cerca de um ano depois, em 14 de abril de 1976, Zuzu faleceu, aos 53 anos, vítima de acidente automobilístico.

A versão oficial foi a de que o carro teria saído da pista e batido no viaduto, tudo confirmado pelo médico, à época.

Chegou-se a divulgar que a estilista teria ingerido bebida alcoólica, havia dormido ao volante ou que o carro teria problemas mecânicos.

A partir da análise no corpo de Zuzu, em 1996, e da reunião de testemunhos importantes, como o de Lourdes Lemos, que comprovou a revisão de seu carro, bem assim o de Marcos Pires, que viu o acidente da janela de seu apartamento, as coisas começaram a mudar.

Uma das principais provas foi produzida pela CNV, no depoimento do ex-delegado Cláudio Guerra, no qual o agente identificou a presença do coronel do Exército Freddie Perdigão e afirmou ter ouvido do próprio Perdigão que ele havia participado do atentado que vitimou Zuzu.

Na verdade, o carro de Zuzu foi encurralado na saída do túnel Dois Irmãos, o que provocou a colisão contra a proteção do viaduto, fazendo com que o automóvel despencasse do barranco.

Pouco antes de falecer, a estilista enviou uma carta ao amigo Chico Buarque, na qual dizia:

“Se eu aparecer morta por acidente, ou outro meio, terá sido obra dos assassinos do meu amado filho”.

Chico enviou 60 cópias dessa carta à imprensa, mas nada foi publicado.

Fica a certeza: a pior das violências será sempre aquela praticada pelo próprio Estado.

#ditaduranuncamais
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Jucival Amorim: atleta vencedor e cidadão de bem!

Não fosse um trágico acidente automobilístico, ocorrido em 1985, nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão – possivelmente ostentaria algum tipo de destaque nacional  relevante no segmento da corrida de rua. O detentor  dessa façanha, por assim dizer, teria nome e sobrenome: Jucival Amorim.

Desde muito jovem Jucival se apaixonou pela modalidade num tempo em que correr nas ruas ainda não havia virado “moda”,  muito menos ganhado  destaque nos mais variados quadros da grande mídia nacional e na internet, através das redes sociais.

Nesse contexto, a 2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória, de maneira justíssima, está realçando o seu nome  – Jucival Amorim – como atleta homenageado. Entre outros objetivos do evento – que são vários – destacar figuras que contribuíram e continua contribuindo para o engrandecimento da atividade física é algo muito enriquecedor.

Abaixo, portanto, segue dois vídeos de uma série,  protagonizado pelo  próprio personagem, resgatando um pouco da história desse grande atleta e cidadão antonense.

Vídeo 01 –

Roberto Campos e a soberba – @historia_em_retalhos.

Economista, escritor, diplomata e político, o mato-grossense Roberto de Oliveira Campos teve uma trajetória de destaque e acumulou realizações expressivas nas inúmeras funções que exerceu ao longo de sua vida.

Porém, era uma figura polêmica.

Em 11 de abril de 1964, o general Castello Branco assumiu a presidência do Brasil, de forma indireta, após o golpe militar daquele ano.

De seu governo, faziam parte Sandra Cavalcanti, que foi nomeada para presidir o BNH, e Roberto Campos, ministro do planejamento e homem forte dos militares.

Sandra queria que os recursos do FGTS financiassem casas para os trabalhadores.

Campos, detentor da chave do cofre, queria que também beneficiassem as classes média e alta.

Criado o impasse, Sandra levou o problema para o presidente da República e pediu uma reunião, com a presença do ministro.

No dia do encontro, a professora começou discordando do ministro, acusando-o de ser insensível aos problemas sociais e seguidor intransigente da escola liberal.

Contrapôs com a nova visão econômica da corrente liderada pelo economista alemão Von Rumanchaut, defensor dos investimentos sociais como solução para as crises políticas.

Roberto Campos, então, cortou a palavra da presidente do BNH e disse a Castello que já tinha lido toda a obra desse alemão, garantindo serem teses ultrapassadas.

Sandra levantou-se e pediu ao general que aceitasse a sua demissão em caráter irrevogável.

Disse ela:

– “Presidente, eu inventei agora, neste momento, a figura inexistente desse economista alemão e o seu ministro do planejamento acaba de dizer que já leu toda a obra dele”.

Resumo da ópera: revelando muita soberba, Roberto Campos foi flagrado na mentira.

Fonte: Ticianeli, Coluna Miolo de Pote.

Agradeço ao amigo @paulocesarmaiaporto por ter nos trazido esse fato.
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2ª Corrida da Vitória: prefeitura garante segurança e serviços de saúde aos atletas/participantes.

Anteriormente formalizado ao chefe do executivo (Paulo Roberto) e às secretarias envolvidas no conjunto das ações,    visando à realização do evento esportivo na nossa cidade –  2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória -, que ocorrerá no próximo dia 23 de abril e terá como ponto de concentração, largada e chegada às Praças da Restauração e 3 de Agosto (Livramento), hoje,  pela manhã, na qualidade de organizador do evento,   participei de uma reunião na prefeitura que, entre outros objetivos, serviu como uma espécie de alinhamento geral, visando o bom andamento dos serviços que serão ofertados pela municipalidade aos atletas/participantes.

No contexto, estarão envolvidas as seguintes pastas: Saúde, Serviços Públicos, Cultura, Esporte, Segurança e Trânsito –  através da AGTRAN. A prefeitura também está apoiando com parte da estrutura do evento.

Com a presença do prefeito em exercício, professor Edmo Neves, secretários, secretários  executivos, diretores e funcionários das pastas diretamente ligadas à operação montada, na ocasião, realçamos alguns detalhes do evento assim como sublinhamos que,  por ocasião da passagem dos 180 anos da elevação de vila à categoria de cidade,  a medalha da corrida/caminhada foi confeccionada alusiva à bandeira do nosso  município.

Ao final do encontro, de viva voz, agradeci a todos pela reunião ficando, desde já, na expectativa da realização de mais um grande evento esportivo na nossa cidade que, diga-se de passagem, vem chamado a atenção de atletas de várias regiões do nosso estado. Vamos correr?

A VELHA CASA – por Marcus Padro

A VELHA CASA SÓ TINHA paredes de frente, o resto virou ruínas. Mas tinha, intocáveis, o que os seus antigos e únicos moradores deixaram no lugar: O berço antigo das crianças; um cavalinho de pau, uma rede movediça a balançar, sozinha, pelos lados vazios; velhos e graciosos sapatinhos de coro; os varões das cortinas, um realejo e o som de antigas canções de ninar saindo do reboco sem aparências;um berço que não pára de balançar.

SEM FALAR DO SOM DOS TRINCOS e das fechaduras dos quartos demolidos pelo tempo, como se estivessem ainda presentes todos os que nasceram, viveram e morreram ali, até as coisas invisíveis saindo das ramagens, como os canais meridianos da aura, seus invólucros etéreos, e os gestos dos que partiram e não voltam nunca mais.

SEM QUERER, eu quase esquecia: o velho e grande espelho da sala de visita, o lugar onde vivem as imagens de tudo o que havia nessa casa, os gestos e comportamentos das pessoas.  Passar por esse espelho, em qualquer época, (mesmo partido em muitos pedaços, não importa) significa, portanto, um desafio sem vencedor.

QUEM TIVER o seu espelho que o guarde como quem guarda um álbum de antigas recordações.

Marcus Prado – jornalista

Lula lá, Raquel cá: 100 dias de governo…

No contexto politico administrativo costuma-se carimbar a passagem dos primeiros 100 dias da gestão como uma data emblemática. Evidentemente que o respectivo espaço temporal é curto, mas a montagem da equipe, os primeiros encaminhamentos e até mesmo o ritmo e formato das ações não deixam de serem indicativos importantes.

Na esfera nacional o  experiente presidente Lula vem produzindo o que mais sabe fazer, ou seja: política. Em linhas gerais, seu governo, nesses 100 primeiros dias, pelos menos deixou de produzir polêmicas desnecessárias, apesar de haver “pisado na bola” na questão envolvendo o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro.

No plano estadual, nesse primeiro centenário de dias, a governadora Raquel Lyra, mesmo sucedendo um governador com altíssimos índices de impopularidade, conseguiu a proeza de não imprimir uma sequencia de fatos que pudessem alimentar a chamada “agenda positiva”. Ao que parece, a caneta da governadora, até agora, só provocou estragos nas costumeiras águas calmas dos gestores que assumem o barco pela primeira vez. .

Como falei incialmente, 100 dias é apenas uma amostra grátis. Daqui para frente, tudo poderá mudar, inclusive nada…

Igreja do Sagrado Coração de Jesus – por @historia_em_retalhos.

Igreja do Sagrado Coração de Jesus, símbolo de Petrolândia/PE, está sob risco de ruir.

Motivo: turismo predatório.

No local, está ocorrendo o uso excessivo de jet ski (inclusive no interior da edificação) e saltos realizados de sua estrutura extremamente vulnerável.

Para quem não sabe, a história do município de Petrolândia (400km do Recife) passou por uma enorme transformação nos anos 80 devido à construção da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga (também conhecida como Usina de Itaparica), que resultou na inundação da antiga cidade, com a transferência dos moradores para a atual, inaugurada em 06 de março de 1988.

O prédio da Igreja do Sagrado Coração de Jesus ficou submerso por 26 anos, quando a “velha Petrolândia” foi inundada.

Em 2014, a igreja voltou a aparecer por entre as águas do Rio São Francisco, tornando-se atração turística.

Em razão desse contexto, Petrolândia, hoje, é conhecida como a “Atlântida Brasileira”, em referência à lendária ilha submersa cuja origem remonta a Platão.

A Igreja do Sagrado Coração está sob a responsabilidade da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e está em processo de tombamento pela Fundarpe desde janeiro de 2021.
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O GRANDE ESPELHO  – por Marcus Prado.

A PROPÓSITO DO GRANDE ESPELHO  DA CASA VITORIENSE DA JOVEM  SENHORA GELDA.

MEU CARISSIMO AMIGO Joércio Lira, de Andrade, JUNTOS teríamos uma imensidão de causos a contar, feitos e celebrados no nosso tempo vitoriense. Fazíamos muitos barulhos e não dizíamos nada, como duas abelhas numa janela de vidro. Vivíamos sempre com pressa. Juntos, você, eu, Ubiraçu, Umberto Lins, Jailton Moura, Claudio Holanda, Myrtes, Gelda… a mulher mais bela da Rua Imperial. Já escrevi sobre ela, você e eu. Sobre os lances de pernas de Gelda por meio do espelho dela, que existia na sala de visitas,

Jamais vi pernas iguais nas minhas andanças daqui e além-mar.

Marcus Prado – jornalista. 

O gigante e a Restauração – por @historia_em_retalhos.

Finalmente, por que o maior e principal hospital de Pernambuco chama-se “Hospital da Restauração”?

Eu vou te explicar!

Em verdade, havia um clima de insatisfação generalizada com as condições precárias do antigo Pronto Socorro do Recife, que funcionava na Rua Fernandes Vieira.

A necessidade de um novo equipamento era urgente.

Assim, em 1952, o então governador Agamenon Magalhães baixou dois decretos: um para a desapropriação de imóveis no bairro da Baixa Verde (atual Derby), em uma área de 21.400m², e outro para custear as despesas do novo hospital.

Apenas um mês depois, Agamenon faleceu e o processo percorreu um longo e tortuoso caminho, até 1965, quando o governador Paulo Guerra lançou a primeira pá de argamassa na obra, dando execução ao projeto do renomado arquiteto Acácio Gil Borsoi.

Mas… e o nome? Qual a razão?

Nessa época, viviam-se as comemorações pela passagem do tricentenário da expulsão dos holandeses do Brasil (1654).

Para esse fim, PE recebera da União a cifra de 20 milhões de cruzeiros.

Convicto de que um novo hospital era algo bem mais importante para a população, Aníbal Fernandes publicou um artigo no Diário de PE, em 18.08.1953, propondo que esse valor não fosse gasto apenas com festividades, mas revertido para o novo equipamento.

E ainda teve a sábia ideia de sugerir que o novo nosocômio fosse chamado “Hospital da Restauração”, em alusão à forma pela qual também é conhecido o processo de expulsão dos holandeses (além de “insurreição”).

Ou seja: a sua ideia destinava parte do dinheiro para a saúde e ainda mantinha viva a homenagem ao tricentenário da Restauração Pernambucana, de uma forma permanente, no nome do novo hospital.

Jogada de mestre, que foi acolhida!

5 milhões foram destinados para as obras e a nova denominação foi consolidada em 1971.

Convenhamos, foi uma saída bem melhor para o interesse coletivo.

Em Olinda, também há um hospital cuja denominação guarda a mesma motivação histórica: o Hospital do Tricentenário!

Sabias dessa?

Salve o gigante e a Restauração!

Fonte: COSTA, Veloso. Alguns aspectos históricos e médicos do Recife (1971).
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