Neste dia das mulheres, vamos deixar as homenagens vazias de lado e falar de luta…

mulher
Se os bombons e as flores que nos são dados hoje fossem dados às operárias russas do início do século XX, possivelmente, elas se sentiram ofendidas. Afinal de contas, o dia 8 de março surge de uma luta pelo fim de jornadas de trabalho de 14 horas seguidas e de salários até três vezes menores que os dos homens e, que eu saiba, isso nada tem a ver com flores e muito menos com bombons.

O Dia Internacional da Mulher não é pra ser uma homenagem singela e cheia de doçura para as lindas mulheres sorridentes e meigas que os homens amam e admiram. Não mesmo! É um dia pra colocar todas as questões que precisam ser discutidas em pauta, é dia de falar sobre a luta dos direitos da mulher e um ótimo dia pra se discutir política. E, definitivamente, não é pra ter um tom leve.

Nós, mulheres, somos ensinadas desde cedo que a política não é lugar para a gente. Isso é nítido na falta de representatividade entre os políticos (homens, brancos, heterossexuais) que assistimos na mídia, os debates de domingo após os almoços de família, quando os homens debatem a situação lamentável da política do nosso país e as mulheres lavam a louça, e até mesmo, nas escolas e universidades, nossa referência intelectual é, quase sempre, masculina.

Toda essa conjuntura faz com que muitas mulheres se questionem sobre serem boas o bastante, sobre estarem prontas, sobre saberem mesmo do que estão falando – ao ponto de muitas desistirem ou passarem a vida inteira silenciadas. Falo por mim, que levei muito tempo para me entender como alguém que tem voz e que pode usá-la sempre que julgar necessário, e pelo que vejo diariamente: mulheres INCRÍVEIS, dessas que a gente admira profundamente e que possuem ideias e posicionamentos brilhantes, duvidando de suas capacidades políticas.

Sei bem que nossa participação na vida pública tem se ampliado ao longo do tempo, se pensamos nas mulheres de classe média, nas mulheres profissionalizadas, brancas, etc., mas permanecemos subrepresentadas na política institucional. Isso pode ter relação direta com fatores ligados ao machismo: acesso desigual à renda, tempo livre (afinal de contas, de acordo com o imaginário machista precisamos ser mães, donas de casa, profissionais, etc. e etc.), a dificuldade de inserção em grupos políticos, pois o acesso é mais fácil para quem já faz parte do jogo e inúmeros outros fatores. Vitória de Santo Antão é um excelente mal exemplo da representação feminina na política institucional.

Viver em uma cidade, em que homens comandam o cenário político (somos governados por um prefeito, 11 vereadores e NENHUMA mulher) e mulheres servem cafezinho para os mesmos, é algo que me faz desejar, profundamente, que vozes femininas conscientes de seu papel se levantem e que nossa cidade e o mundo passem a entender que nós existimos e temos o direito de ocupar espaços que até então nos foram negados.

Temos um longo caminho pela frente. Enorme. Mas, tenho orgulho de não estar sozinha nessa construção. Somos muitas Alines, Claudias, Karlas, Émilles, Tainás,Jamiles,Evas, Marias e Anas. Vitória de Santo Antão também experimentará, num futuro próximo, a primavera feminista. E o grito que ficou preso por anos ecoará por essa cidade. Neste 8 de março, evitem as felicitações vazias, as flores e os bombons. Isso é muito pouco diante do que nós merecemos e desejamos!

Yarla Alvares – Mulher, feminista e professora.

aposente

9 pensou em “Neste dia das mulheres, vamos deixar as homenagens vazias de lado e falar de luta…

  1. Um exceletente texto. Muito informativo e bem fundamentado. Fico imensamente feliz em ver que há mulheres tão empoderadas e que levantam questões tão essenciais e relevantes.

  2. Mulher, Feminista e professora indica são três coisas impossíveis de andarem juntas, explico:
    Ela afirma uma verdade: ser mulher! E deve ser mesmo! Então se ela parte dessa verdade biológica, ancestral, e natural, começa ai o problemas existencial, dela se dizer feminista eprofessora.
    Vejam:
    O termo feminista é nos dias atuais um triste corruptela do que foi na origem, onde as feministas eram femininas e defendiam verdades universais, tipo: matrimonio, família, honra, religiosidade, caráter, maternidade, etc.
    Hoje se dizer feminista é fumar maconha, beber cachaça, ser lésbica ou se vestir como homem, cuspir na cara de religiosos, ser comunista, e todas essas outras barbáries existentes por ai;
    e quando se afirma ser professora rsrs ai é que o bicho pega mesmo rsrsrs
    O professor é aquele que leva luz aos alunos, é o que professa algo de “cor” (lembro que de cor vem de coração, no passado se decorava o bom e se guardava no coração), hj com uma feminista (que como dito antes tem tantos defeitos existenciais) pode passar algo de bom para alguém?
    Inteligencia é a boa escolha, e essa moça formada nos quadros partidários de um partido assassino, abortista, gaysista, terrorista tem o que pra dar, se a mesma acredita que a história se perfaz positivamente, e não de forma tridimensional?
    Só no Brasil de uma “pulha” tipo Dilma e Luciana Santos essas coisas enraízam! AFF!
    Vou voltar para a Índia, lá as mulheres são naturais!
    namastê!

  3. FEMINISMO OU SHORTINHO DE OCASIÃO.
    Fui e continuo sendo fã de Millôr Fernandes, que abria suas festejadas páginas afirmando – “Livre pensar é só pensar”. Por vezes, essa frase me vem à mente clamando por um adicional: “Mas quem não for capaz disso, não me faça perder tempo”.
    Foi o que senti ao saber da polêmica sobre o supostamente inalienável direito humano ao uso dos shortinhos pelas alunas do Colégio Anchieta. Analistas de reconhecido pêlo ideológico alinharam-se com as jovens e não duvido de que, em breve, o STF esteja decidindo sobre o direito que as pessoas têm de se vestir como bem entenderem. No ato de protesto, as alunas portavam cartazes e, num deles, se lia: “O machismo não decide a minha roupa”.

    Não conheço macho da espécie que se sinta aborrecido ou ultrajado diante de uma jovem de shortinho. Bem ao contrário. Portanto, essas alunas estão deliciosamente a serviço do machismo! Será necessário desenhar? E estão se prestando, também, ingenuamente, a uma causa que menospreza a liberdade individual. A linha política e ideológica que veio em socorro dos shortinhos é a mesma que, alguns metros adiante, estará tachando de burguesas tais modinhas e grifes. A pauta supostamente feminista em que estão envolvidas é uma pauta internacional, de natureza política, velha há mais de meio século. Tem por método dissociar a liberdade dos devidos parâmetros de responsabilidade e autoridade. E tem por finalidade, destruir a autoridade e a responsabilidade. Não, não é para assegurar a liberdade que o faz, mas para combater a civilização que produz esses shortinhos pelos quais as referidas alunas inflamadamente lutam.

    Nos Estados Unidos, há bom tempo, jovens da mesma idade portavam cartazes dizendo: “I dress up for myself!. Seria mesmo? Será mesmo? Duvido. É muito improvável que alguém se vista apenas para si. Vivemos em sociedade, como seres individuais e sociais. Estamos, fisicamente, em sociedade, com os outros. A menos que seja um ambiente deserto, sempre haverá outras pessoas onde estivermos. O que denominamos de nossa imagem é algo que transmitimos aos demais. É por isso que as diferentes instituições estabelecem normas sobre vestuário e insubordinar-se ante elas não é um serviço a coisa alguma. Aliás, quase podemos dizer que nossa imagem não é nossa, tão relacionada é com o modo como somos vistos. É por esse fato singelo da vida que existem roupas adequadas a cada situação de convívio social.
    Penso estar tratando de algo que nosso país exibe e grita ao mais desatento observador. O Brasil vale por um workshop sobre como a liberdade sem limites acaba com a liberdade de todos. Ademais, convenhamos: com o país do jeito que está, despender energia e mobilização protestando por shortinhos é o cúmulo da alienação!

  4. Mestre Hindu, é muito bom ofender e falar asneiras no anonimato. Típico de gentinha(pessoa de espírito estreito, mesquinha, dada a intrigas e mexericos) que não tem coragem de assumir o que pensa, deve ser vergonha!! Porque eu fiquei com vergonha alheia aqui. Dois beijos!!

  5. Conceição “desnascida” como vc é limitada tbm: qual a ofensa, minha filha?
    Eu disse tanta coisa, mas nao ofendi sua pobre e confusa amiga em nada….
    Vc me parece ser tão antagônica quanto ela, pois vc confunde sua insatisfação pessoal com ofensas. rsrsrs Que falta de discernimento: mas esperar o que de vcs que seguem um partido formado no ódio? nada! Só mais ódio! Aff!
    Pessoas com seu Q.I. (se é que vc tem em nível a ser analisado) são, em geral, frustradas e invejosas, rancorosas, cuidado filha, sou mestre, mas não faço milagres…Ainda!
    Quem sabe quando eu me tornar um Avatar eu não faça vc ser menos imprudente e mais cheia de qualidade humanas. O tempo dirá, menina!
    Sei que vc é semi analfabeta tbm em matéria de política, mas dizer que ofendo sua confusa amiga é tática da própria esquerda brasileira: “acuse do que vc é”! E vc deve está sempre ofendendo alguém que discorda de vc.. Já imagino sua carinha de bolacha quando discordam de vc…uma pena!
    Mude minha filha, siga o conselho deste mestre Hindu que vc viverá feliz, ou menos triste e cheia de traumas….
    Vejo que vc de “catolite”, que designa a carência do geral (kathoulou, “geral”); e a “todetite”, a carência do individual (tode-ti, “desta coisa aqui”) .
    Porem como vc é pouco letrada, e humanamente limitada não vou dizer a vc que leia o filósofo romeno Constantin Noica para saber o que isso.
    mas sou compassivo com vc, se arrependa e eu te ensinarei o caminho da iluminação… e aos seus “admirados” aposentadores do nada.
    Namastê!

  6. “A liberdade da mulher, na verdade, transformou-se numa prisão. Hoje, elas se vêem presas a estereótipos ditados pela agenda feminista, cujo maior objetivo é destruir a essência da mulher, igualando-a ao homem.
    Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior

  7. Pilako quem disse que esse pessoal do aposente sabe pensar e escrever? Mané Capão? Genaro do Cavalo? o analfabeto Elias Lira?
    Hum… Esse pessoal tá feito o baiano que quando aprendeu as vogais começou a achar que era músico.

  8. O escrito dessa senhora mais parece um ajuntamento de teses dos movimentos gay e lésbico, que, há muito, destruiu o viés feminino na puta das mulheres.
    Uma triste realidade de hoje em dia é ver que nossas faculdades não formam mais ninguém em sua áreas, mas apenas modelam ideologias capengas e nas cabeças deses jovens incautos.
    Será que esta jovem alguma vez na vida aprendeu a rezar o Pai Nosso?

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