SEGUNDO SIMPÓSIO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO.

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O Segundo Simpósio do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão terá como tema: 13 de Maio: Novos Olhares. Discussão em prol da promoção da Igualdade Racial.

No próximo mês de Maio, o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão, estará realizando seu segundo Simpósio no qual serão realizadas ações em prol da promoção da Igualdade Racial. Tendo como tema, 13 de Maio, Novos Olhares.

Faremos uma releitura do dia 13, refletindo sobre a importância dos africanos e seus descendentes para a história e a cultura brasileira. Na ocasião receberemos a visita do médico e escritor africano Samuel Gonçalves, natural do Cabo Verde.

A abertura do evento será no dia 30 de abril no Silogeu em dois horários (14 h. e 19 h.). Em ambas as sessões teremos uma “Conversa Literária” do dr. Samuel Gonçalves com os alunos da rede municipal.  Será feita uma abordagem sobre a literatura africana e um paralelo com a literatura afro-brasileira. Serão destacados ainda alguns aspectos da cultura do arquipélago do Cabo Verde e sua relação histórica e sentimental com Vitória de Santo Antão.

No dia 6 de maio, às 19:30 h. o Instituto comemorará mais um aniversário da elevação da Vitória de Santo Antão à categoria de cidade. Teremos como conferencista o dr. Lamartine Holanda Cavalcanti, Cônsul Honorário da Albânia. Dr. Lamartine far-se-á acompanhar pelos doutores Thales Castro e Ricardo Galdino, respectivamente Cônsules Honorários da Ilha de Malta e do Cabo Verde

No dia 7 de maio, às 19:30 h., voltaremos a nos encontrar no Silogeu, desta feita para participar do lançamento do livro “O Curandeiro de Monte Piorro” de autoria do dr. Samuel Gonçalves. A obra será apresentada e comentada pela escritora-acadêmica Luciene Freitas, sob os acordes do grande músico cabo-verdiano Tischa.

Entrada franca.

A PREGUIÇA CRIATIVA

lendo

Às vezes, o sofrimento dá preguiça. E, aí, é preciso dar um pontapé na tristeza, relaxar, ficar mesmo preguiçoso.

Aliás, eu já li que a Preguiça não faz tanto mal, porque tira a disposição de cometer os outros 6 pecados capitais. Por exemplo,ODIAR dá trabalho. O ódio pode dar enorme disposição para um psicopata amolar uma faca e caminhar quilômetros para abater sua vítima.

E todos sabemos que existe a preguiça criativa. O político e filósofo inglês Francis Bacon (1561 – 1626) dizia que “Passar muito tempo a estudar é preguiça.” Ora, bem-vinda preguiça tão criativa. Imaginemos o mundo feito de preguiçosos do tamanho do filósofo Sócrates, do músico Beethoven e do físico Albert Einstein.

O poeta gaúcho Mario Quintana (1906-1994) chegou à conclusão de que “A Preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda.

O próprio Quintana publicou uma obra, em 1987, intitulada “Da preguiça como método de trabalho.”

Aliás, não fosse minha preguiça, talvez, eu não tivesse produzido esta crônica.

Portanto, lembre-se de que o sofrimento pode ser um vício, e a preguiça criativa, opcional.

Preguiçoso abraço!

Sosígenes Bittencourt

Cidade da Vitória: Parabéns pelos 172 anos de existência.

Foto de cima da matériaAgora, saindo um pouco das informações históricas e mergulhando no mundo imaginário, que tal perguntarmos: Como era a nossa cidade em 1843? De que maneira pensava a juventude na metade do século 19 da nossa Vitória? Quantos escravos (as) circulavam no centro comercial desempenhando “mandados” dos seus donos? Quantas pessoas sabiam lê e escrever na Vitória recém-emancipada? Nesta época, quais produtos eram fabricados em nossas terras?

É bom que se diga, que na Vitória de Santo Antão da primeira metade do século 19, o trem ainda não havia chegado. O automóvel, nem existia. A cidade era iluminada, além do sol e da lua, por candeeiros amarrados em estacas de madeiras. Os mortos seguiam para morada final, em redes e a noite.

276595cd42a44539bd4ad5ebdb891fa3Da antiga Vila de Santo Antão, além de muitas imaginações, guardamos apenas o nosso resistente sobradinho que “mora” na Rua Imperial que, de forma impávida, observou tudo. Tudo que se transformou. Dos costumes às tradições. Do movimento das carroças tracionadas  por animais aos sempre apressados mototaxistas.

Poderia, então, sobre tudo isso, escrever até o centésimo septuagésimo terceiro aniversário da elevação à categoria de cidade da nossa Vitória de Santo Antão. Porém, para que você não perca mais tempo lendo, terminarei logo nas próximas linhas, pois, desde agora, gostaria que você continuasse  imaginando como era a nossa Vitória de Santo Antão de 1843. BOAS IMAGINAÇÕES…

praça leão coroado

Ônibus universitário: um caminhante morto.

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No final da primeira temporada da série The Walking Dead (que trata de sobreviventes de um holocausto zumbi), Rick Grimes, o personagem principal do seriado, trás uma surpresa para o seu grupo e para os espectadores, que até então poucos haviam percebido: “nós somos os mortos vivos”. Ou seja, Rick quis dizer que não eram os zumbis os verdadeiros caminhantes mortos, mas eram os próprios sobreviventes que carregariam este fardo até o fim dos tempos.

Mas o que fez o personagem falar algo tão sinistro assim? Ora, além da incapacidade de pensar, um verdadeiro caminhante morto possui uma característica muito singular: ele permanece encurralado num corpo animado, porém sem vida. Sendo assim, um zumbi de verdade tem que residir entre estes dois mundos. Ou seja, Rick estava certo quando identificou os sobreviventes a um morador que habita este limite entre a existência e a inexistência.

A série foi inspirada neste assombro que persegue a humanidade: ninguém quer pertencer a dois mundos sem poder habitar nenhum. É por isso, por exemplo, que “Ghost”, protagonizado por Patrick Swayze, precisava resolver de vez suas pendências na terra para atravessar completamente o “outro lado da vida”. Ou é por essa mesma razão que no romance de Mary Shelley, as pessoas nunca aceitaram Frankenstein, uma criatura que foi trazida à vida sem jamais poder existir nela.

Entretanto, é curioso como em Vitória de Santo Antão a metáfora do morto-vivo pôde sair da ficção e virar realidade. Aqui temos algumas criaturas dessas, circulando diariamente entre nossa cidade e a região metropolitana do Recife. Chamam-no carinhosamente de ônibus dos estudantes universitários. Estes foram criados ainda na gestão do ex-prefeito José Aglailson e desde então circula entre cidades sem existir de fato no orçamento da prefeitura e nem na legislação municipal.

Esta criatura chamada “buzão do estudante” é, portanto, uma aberração jurídica e orçamentária, que tem a incrível capacidade de colocar os universitários numa sinuca de bico: se por um lado os estudantes não podem reclamar por causa da falta de manutenção e de segurança no transporte, já que o poder executivo sempre lembra que o ônibus é apenas uma “generosidade do prefeito” e não um direito dos usuários; por outro lado o poder executivo alega que não pode regulamentá-lo por falta de recursos.

Entenderam?

É tão surpreendente que vamos explicar de outro jeito: o ônibus está precário e ninguém pode reclamar, pois a prefeitura alega que é um favor; e se os estudantes tentam regulamenta-lo para ele existir de uma vez por todas na legislação, mas a prefeitura alega que não há dinheiro para bancar o serviço (mesmo que o transporte seja financiado pelos cofres públicos há cerca de 10 anos).

Sendo assim, o ônibus universitário é uma criatura que habita entre a existência de fato e a inexistência jurídica e orçamentária. Sair dessa sinuca de bico é a grande tarefa dos estudantes de Vitória, que podem ver este serviço público ser suspenso pelo próximo prefeito em 2017 (serviço de grande valor, pois ajuda a manter na cidade os futuros profissionais que se qualificam em Recife). A morte desta criatura já começou, pois através de decreto o prefeito começou a reduzir a concessão das carteirinhas que dão acesso ao serviço. Apesar desse transporte ser de grande benefício para a sociedade, já que lida com a educação das nossas gerações, os nossos representantes não veem muito futuro em virtude da despesa que ele gera sem, por outro lado, ser revertida em votos “amarelos” (afinal, estudantes costumam ser críticos com relação aos nossos gestores).

Enfim, caso os estudantes fracassem em regulamentar o transporte, Vitória poderá atestar miopia com relação à educação e ao futuro desta cidade. E poderá também declarar, assim como o fez Rick Grimes: “nós é que somos os caminhantes mortos”.

P.S.: Terça-feira, dia 12 de maio, às 19 horas, haverá uma audiência pública na Câmara dos vereadores para discutir transporte na cidade. Uma das pautas é este ônibus universitário e os estudantes estão se mobilizando para defender a regulamentação do serviço. Todos deveriam comparecer.

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Internauta Pedro da Paz comenta no blog

Comentário postado na matéria “Matéria Especial: Inauguração do CINE IRACEMA“.

Chorei ao ver e lembrar destas imagens do cine Iracema, ainda crianca frequentei e vivi durante muitos anos ao lado deste cinema. Ali assisti filmes que jamais sairam de minha memoria. Ali namorava e fiz muitos amigos. Muitas saudades de tempos maravilhosos e que jamais voltaram. Parabens pela bela e emocionante materia.

Pedro da Paz Alves

Momento Cultural: Conta à História- por João do Livramento.

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Por Eva veio a desgraça

E a expulsão do paraíso,

Adão nem bebia cachaça

Ô homem velho sem juízo!

 

E David que era um grande rei

Além de ungido pelo senhor,

Mas quando viu Bate-Seba nua,

Na hora o cabra endoidou

 

Achando pouco a traição,

Mandou Urias pra morte

Bem na frente do pelotão,

Entregue a própria sorte

 

“Ti amo Sansão” dizia Dalila,

E o segredo o besta contou

Pois foi quando ele dormia,

Que seus cabelos ela cortou

 

Os olhos chegaram a furar,

Foi bom pra ele aprender

A em mulher não confiar,

Que o resultado é padecer

 

Pois se eu quiser continuar

E nos dias de hoje chegar,

Tem tanta, mais tenta história

Que Papel e tinta sei vai faltar,

Pois quem ler e tiver mãe,

Trate logo de desse fogo tirar.

 

João do Livramento