As eleições municipais para prefeito, vice-prefeito e vereadores só ocorrerão no próximo ano (2016). Mas, para quem tem pretensão de disputar algum cargo, no próximo pleito, o prazo para se filiar ao partido político da sua preferência, termina este ano, mais precisamente em setembro.
Pois bem, deixando de lado o cargo para prefeito e vice-prefeito, gostaria de falar um pouco da engrenagem eleitoral dos candidatos proporcionais, ou seja: ELEIÇÃO PARA VEREADOR. Aqui e acolá as pessoas, sobretudo as que são de alguma forma ligadas ao mundo político, me abordam para falar sobre a possibilidade do aumento de vagas na nossa Casa Legislativa.
Sobre a quantidade de vagas, desde que seja dentro da legalidade, sou favorável ao maior numero possível, por dois motivos básicos:
Primeiro: não há aumento de custo para os cofres públicos, pois o dinheiro a ser repassado pelo Executivo sempre será o mesmo, independente da quantidade de vagas. Segundo: com mais vereadores na casa, apesar dos pesares, existe, de fato, uma maior representatividade da comunidade, até porque, no regime democrático como o nosso, esta é a finalidade da Câmara Legislativa.
Comentou-se na internet, recentemente, que a maioria dos vereadores, até agora, não sinalizaram interesse pelo aumento das vagas, uma vez que cabe a eles, nossos legítimos representantes, a opção de aumento. Dos atuais 11 assentos, segundo cálculos do amigo Elias Martins, em função do volume da nossa população, pode-se avançar para 13, 15, 17 ou até 19 vagas.
Muito bem, em uma analise muito particular, que não levarei em consideração à atividade parlamentar e muito menos o número de requerimento apresentado, e sim, apenas à questão eleitoral, PODENDO INCLUSIVE, CADA CIDADÃO OU ATÉ OS PARLAMENTARES CITADOS TEREM UM OLHAR DIFERENTE DO MEU – acho que uma parcela de vereador (menos experiente) está “comendo corda” da outra parte mais ” NINJA” para manter a nossa Câmara com apenas 11 vagas.
Todos sabem que com apenas 11 vagas a dificuldade na renovação do mandato, pelo menos para uns seis vereadores da atual legislatura, torna-se uma missão quase impossível. Vejamos:
Podemos dividir o atual quadro de vereadores em duas equipes. A equipe “A”– aquela que renova o mandato em qualquer situação (11 ou até 19 vagas) – e a equipe “B”, ou seja: aquela que vai depende de maiores variáveis para manter-se “sentado” na casa.
Na minha modesta avaliação, a equipe “A”, ou seja: aquela que se elege em qualquer situação, é formada pelos seguintes vereadores: Baú Nogueira, Edvado Bione, Novo da Banca, Duda de Pacas e Doutor Saulo. Neste grupo, todos já renovaram mandatos com expressivas votações, aliás, todas crescentes.
Já a equipe “B”, é formada pelos outros integrantes da bancada, ou seja: Geraldo Filho, Sandro da Banca, Edinho, Edmo Neves, Danda da Feijoada e Toninho. Neste grupo, com a exceção do vereador Edmo Neves, nenhum alcançou dois mil sufrágios no último pleito, apesar de a maioria ter também aumentado sua votação, de uma eleição para outra.
Alguém, então, poderia perguntar: Pilako, Edmo foi o segundo Vereador mais votado da última eleição e porquê não estaria na equipe “A”? Simples de responder:
De todo os vereadores da casa, o único que mudou de patamar, no que diz respeito à estrutura de campanha, foi justamente o Edmo. Ou seja: Na eleição passada a máquina administrativa municipal “carregou” ele nos braços. Edmo, como todos devem lembrar, “pilotou” durante a primeira gestão do Governo de Todos a folha de pagamento do município, “bondades eleitorais” que não terá na próxima eleição.
A prova da tendência da desidratação eleitoral do referido Edil já pode ser observada quando o mesmo, juntamente com outro vereador, o Edinho, e outras lideranças como o ex candidato a prefeito, Jailton Albuquerque, não conseguiu repassar uma votação à altura da soma das suas votações para o deputado federal Jorge Corte Real, mesmo com a boa estrutura montada pelo parlamentar na nossa cidade. Sendo assim, acredito que ele esteja jogando, atualmente, no time da equipe “B”.
Pois bem, existe “um pessoal” da equipe “A” que vem colocando na cabeça do pessoal da equipe “B”, sobretudo àqueles menos experientes, que a manutenção das 11 vagas é o melhor para todos se manterem no poder. Equação, aliás, que na minha avaliação só se adéqua aos vereadores que jogam no time da equipe “A”.
O pessoal da equipe “B” precisa colocar as “barbas de molho”, pois eles tem que raciocinar que concorrerão diretamente, na próxima eleição, com pelo menos uma dúzia de candidatos que irão entrar no “jogo” com força eleitoral, dinheiro no bolso e alguns até com muita vontade de voltar.
Apenas como alguns exemplo, dentre essa dúzia, concorre com grandes possibilidades de “engolir” os vereadores da equipe “B”, os seguintes candidatos: Romero, Marcone da Charque, Mano Holanda, Pedro Queiroz, Henrique Filho, André Carvalho (candidato do Grupo Aposente) e etc.
Apenas para se ter uma ideia de como nossa Câmara de Vereadores está em descompasso com as outras cidades, caso mantenha as 11 vagas, a Câmara de Vereadores do município de Serra Talhada, por exemplo, que está contida numa cidade com praticamente metade do número de eleitores da nossa (51.236) acabou de aprovar o aumento de duas vagas para a próxima legislatura, ou seja: saiu de 13 para 15, quanto que a nossa cidade, Vitória de Santo Antão, com um eleitorado de 98.500, quase o dobro, só dispõe atualmente de 11 vagas na Câmara.
Portanto, para os vereadores que jogam na equipe “B”, não custa nada avisar: PIOR DO QUE FAZER CAMPANHA E NÃO CONSEGUIR SER VEREADOR, É SER VEREADOR, FAZER CAMPANHA E DEIXAR DE SER VEREADOR, OU SEJA: SER OBRIGADO A CEDER SUA CADEIRA PARA QUEM ESTÁ FORA DA CASA SENTAR.
Obs: fica aqui aberto o espaço para os parlamentares que se sentiram injustiçado com nosso enquadramento eleitoral, ou seja: equipe “A” e “B”.