
Muito se fala sobre o atentado às torres gêmeas do World Trade Center nos EUA.
O que pouca gente sabe, porém, é que o Brasil escapou de vivenciar uma tragédia semelhante, 13 anos antes, em 29 de setembro de 1988.
Isso mesmo.
Naquele dia, o jovem Raimundo Nonato (foto) entrou armado com um revólver calibre .32 no Boeing 375 da Vasp.
O seu objetivo era sequestrar a aeronave e desviá-la para Brasília, onde, ao atingir o Palácio do Planalto, teria como vítima o então presidente José Sarney.
Nonato, de apenas 28 anos, era natural do Maranhão, conterrâneo de Sarney, e dizia que tinha perdido o emprego devido à política econômica do presidente.
Pois bem.
A aeronave fazia a rota BH/RJ.
Quando o piloto Fernando Murilo (foto) preparava-se para pousar, o sequestrador obrigou-o a redirecionar o voo para Brasília.
Atento ao perigo, o comandante conseguiu emitir o código de alerta para a base, informando o sequestro.
Sem levar em conta os riscos, porém, a torre entrou em contato com o avião, para confirmar a situação.
Neste momento, Nonato percebeu o contato e atirou na cabeça do copiloto Salvador Evangelista, matando-o.
“Eu quero matar o Sarney. Quero jogar o avião no Planalto”, gritava o rapaz.
Com muito sangue frio e discernimento, o piloto sobrevoou a capital federal e alterou a rota para Goiânia/GO, sem que o sequestrador percebesse.
Para desestabilizá-lo, passou a realizar manobras acrobáticas, que normalmente não são feitas em aviões comerciais.
Em uma dessas manobras, o sequestrador caiu e o piloto conseguiu pousar.
A pista de pouso, em Goiânia, já estava cercada pela Polícia Federal.
Depois de sete horas de negociação, o sequestrador aceitou sair do boeing, para continuar o trajeto em um avião menor, levando o comandante como refém.
Neste ínterim, o criminoso foi baleado, passando imediatamente a atirar contra Murilo, que tentou correr em zigue-zague, mas foi atingido na perna.
Preso, cinco dias depois, Raimundo Nonato morreu em um hospital de Goiânia.
O piloto Fernando Murilo, que salvou o país de uma tragédia de efeitos incalculáveis, morreu em 2020, aos 76 anos.
De José Sarney, nunca recebeu nem um “obrigado”.
Algumas observações importantes:
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– a bordo do Vasp 375, estavam 98 passageiros e sete tripulantes.
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– àquela época, as medidas de segurança, como o uso de detector de metais, ainda eram ignoradas.
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– a filha do copiloto assassinado, Wendy Evangelista, que, na época, ia completar oito anos de idade, adquiriu fobia de voar.
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– o comandante Fernando Murilo chegou a receber algumas medalhas e honrarias por seu ato, sendo tido como herói da aviação brasileira, porém, diante da dimensão da tragédia que evitou, morreu esquecido e no anonimato. Em relação ao ex-presidente José Sarney, afirmara certa vez em entrevista ao Estado de Minas: “Ele nunca me dirigiu a palavra. Nunca me agradeceu. Mas não tenho mágoa. Estou tranquilo com minha consciência e sei que fiz meu papel”.
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– a quem interessar, recomendo o filme “O Sequestro do Voo 375”, de Marcus Baldini.
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Num percurso iniciado em Olinda até à cidade baiana de Lençóis, eu e meu genro, médico Ricardo Lyra, ao longo de 1.154 km. (Chapada Diamantina, tão sugestiva para trilhas fotográficas), era época de propaganda eleitoral, eu via grandes cartazes, adesivos plásticos em janelas residenciais, automóveis enfeitados com a esfinge de candidatos, quase todos esbugalhando um sorriso além do corpo.














































No conjunto masculino, apuramos que os candidatos com mais e menos idade, coincidentemente, pertencem ao mesmo partido (federação PSOL/ REDE). Albertson Alexandrino (18.192) seria o mais jovem dos candidatos a vereador, ou seja: 25 anos (1999).


