Do Povoado à Cidade da Vitória de Santo Antão: 391 anos de história.

Amanhã, 06 de maio, nossa cidade, Vitória de Santo Antão,  completará 174 anos de nascimento. Sim! Não confundamos as datas: Há 391 anos aconteceu o nosso povoamento. Há 372 anos ocorreu a Batalha das Tabocas e há 205 anos conquistamos nossa autonomia política. Cada data tem sua importância e simbologia ao contexto local.

Antes, porém, de chegarmos à categoria de cidade existimos, inicialmente, 47 anos como povoado, 139 anos na categoria de freguesia, 31 anos sendo uma vila e nos últimos 174 anos ostentando o título de cidade (2017). Salientemos, então,  que como cidade,  no primeiro século, fomos apenas Vitória e, a partir de 1943, em função do decreto Lei-estadual nº 952, que proibia a existência da toponímia nacional, como Vitória de Santo Antão (74 anos).

A lei provincial que nos elevou à categoria de cidade, em 06 de maio de 1843, foi a 113, assinada pelo então Conde da Boa Vista. Na ocasião, ganhamos o nome de “Vitória” em homenagem à épica batalha ocorrida no Monte das Tabocas. Comemorar as datas cívicas importantes, no Brasil, não é algo comum. Certamente, isso ocorre, pelo fato de termos uma história nacional forjada inversamente, ou seja: de fora para dentro.

Quando me refiro às comemorações não quero dizer, necessariamente, com banda de forró ou pagode, em praça pública. Às datas cívicas sugerem promoções mais voltadas ao conhecimento histórico. Esses acontecimentos, indiscutivelmente, florescem e promovem frutos genuínos. Algo que será agregado ao individuo nativo e que, possivelmente, irradiará ganhos sociais e coletivos por toda sua existência.

As datas marcantes, se bem utilizadas, também nos servem como excelentes exercícios à memória histórica. Imaginar, porém, do ponto de vista sociológico, como as pessoas viviam à época dos acontecimentos, como pensavam, de que maneira se relacionavam, quais os costumes marcantes, quais os temores que mais lhes inquietavam, em que contexto ocorreram as mudanças e etc, de certa forma, nos ajudaria a entender muito mais os problemas sociais, hoje, vividos nacionalmente e, em particular na nossa polis.

Portanto, não me canso de dizer: o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória foi, e é o maior projeto cultural de todos os tempos, implantado na nossa cidade. A sua missão, atuação e compromisso social ultrapassam seu espaço físico. A preservação da memória de um povo é algo indelével. Sua história, seus costumes e seus vultos, por exemplo, são referências que nos apontam, com mais  segurança, um caminho na direção do futuro pois, os mesmos, foram  edificados nos acontecimentos,  prontos e concluídos, do tempo pretérito. Nesse momento cívico comemorativo, reacendo, mais uma vez,  minhas esperanças que um dia os nossos gestores municipais possam entender a grandiosidade do projeto aludido e, mesmo sem ser de alma, possam se despir da opaca armadura da indiferença. Alias: ESPERANÇA é o sonho real de quem se encontra sóbrio e acordado.

Parabéns Vitória de Santo Antão!! Viva o nosso Instituto Histórico!!!

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